"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26:41)

Footbolt D'Arenberg

Safra: 2007
País: Austrália
Região: McLaren Valle
Produtor: D’Arenberg Winery
Uvas/Corte: Shiraz 100%
Teor alcoólico: 14,5%
Preço: U$ 14 a 20; R$ 80 a 99 (preço nas importadoras e lojas especializadas de vinhos USA-BR)
Score: 91 ptos WE; 90 ptos RP; 90 ptos ST; 88 ptos WS
Onde comprar:
1. MAGAZZINO, Natal, RN,
2. Zahil 
Degustado em: 10/06/2010
Harmonização: bom para degustar com os amigos, carnes assadas e molhos encorpados.
Serviço: 18º
Comentários
A D’Arenberg é uma das mais tradicionais casas vinícolas da Austrália: foi fundada em 1912, por Joseph Osborn, diretor da renomada Thomas Hardy Co. e curiosamente um abstêmio. O cuidado com cada um dos vinhos é minucioso e eles consideram todos os seus vinhos como “feitos à mão”.
A fermentação dos tintos ocorre em tanques de concreto revestidos com cera e a dos brancos em tanques de aço inoxidável. Ainda durante a fermentação, a capa ou chapéu do mosto de alguns dos tintos (incluindo “The Footbolt Shiraz”) é revolvida através de pisa, o que pode ser identificado pelo selo impresso no rótulo com os dizeres “Foot Trod”.
Sugestão de Guarda: até 2012-2014.
Meus comentários:
As uvas Shiraz de “The Footbolt” são provenientes de algumas das videiras que foram adquiridas quase 100 anos atrás e o vinho sofre processamentos e estabilização mínimos para conservar ao máximo as características destas plantas. Antes de ter sido engarrafado, estagiou em barricas novas e velhas de carvalho por até 18 meses.
Coloração rubi intenso, com aromas frutados, especiarias e madeira, um vinho bem estruturado, frutado (ameixa, cerejas, framboesas maduras), macio com notas de chocolate.
Avaliação: Muito Bom

Les Salices

Safra: 2007
País: França
Região: Languedoc
Produtor: Jacques & Francois Lurton
Uvas/Corte: Pinot Noir 100%
Teor alcoólico: 14%
Preço: U$ 11-14; € 5-8, R$ 55-66 (preço nas importadoras e lojas especializadas de vinhos USA-Europa-BR)
Score: Millésime 2005 : 86 Pts, Meilleure vente WE; Millésime 2004 : 2 étoiles et demi The New York Times; Millésime 2003 : 83 Pts WS
Onde comprar:
1. MAGAZZINO, Natal, RN, Rua Potengi, 576, (84) 3212-1477
Degustado em: 10/06/2010
Harmonização: aves em geral e carnes brancas.
Serviço: 14 a 16º
Comentário Produtor
Belle intensité où dominent les fruits rouges finement associés à de légères notes mentholées, florales et vanillées.
Bouche : Equilibre remarquable qui fait de ce vin une boisson délicieuse où se mêlent un fruité prononcé (mûres,…) et certaines pointes chocolatées.
(Belo intenso, onde predomina as frutas vermelhas, associadas a notas mentoladas, florais e baunilha. Boca – um vinho equilibrado, que o faz uma bebida deliciosa, onde as frutas vermelhas (amoras, morango) se mesclam com notas de chocolate).
Conservation : 2 - 4 ans
Température idéale : 14 - 15°c
Sugestão de Guarda: Está pronto, mas tem potencial de guarda (2010 a 2012).
Meus comentários:
Este Pinot Noir está entre os melhores e mais baratos pinots pela LCBO (Liquor Control Board of Ontario). É um Vins de Pays d’OC, do sul da França, região de colinas com dias ensolarados e noites frias. Apesar do sudeste francês não ser historicamente uma região de pinot, este surpreendeu, é um vinho fresco,equilibrado e agradável. Cor rubi, brilhante, aromas de morango e amoras, suculento, taninos suaves, notas sútis de madeira (passou em barril de carvalho), mantém uma certa doçura (14% álcool), um vinho que está pronto, mas que ainda pode melhorar. Observação: Screwcap, manteve basicamente os padrões do 2006.
Avaliação: Bom $$

Rutini Cabernet Malbec


Safra: 2006
País: Argentina
Região: Mendoza
Produtor: Rutini Wines, Bodega La Rural,
Site: http://www.rutiniwines.com/
Uvas/Corte: Cabernet Sauvignon 50% e Malbec 50%
Teor alcoólico: 13,5%
Preço: € 13,5 a 24; R$ 66-89 (preço nas importadoras e lojas especializadas de vinhos Europa e Brasil)
Score: N/A
Onde Comprar:
1. Magazzino, Natal, RN, 3212-1477
2. Zahil
Degustado: 20/11/2010
Harmonização: carnes assadas, queijos condimentados, embutidos e defumados.
Serviço: 17º
Comentários
“La Rural”, fundada em 1886 por Don Felipe Rutini, imigrante italiano, que se estabeleceu em Coquimbito, plantando as primeiras videiras, Don Filipe Rutini faleceu em 1919 deixando a bodega a cargo de seus descendentes. Hoje uma S/A, a La Rural tem como seu principal acionista Nicolás Catena, proprietário da Bodegas Catena, reconhecida no mundo todo pela qualidade de seus vinhos e responsável pela vinda de Mariano di Paola, enólogo-chefe da casa desde 1995. A La Rural cultiva seus vinhedos em 4 propriedades na Província de Mendoza:
- Finca Maipú (10 ha. em Coquimbito, cultivados com Cabernet Sauvignon)
- Finca Tupungato (100 ha. cultivados com as tintas Malbec, Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Syrah, Pinot Noir e as brancas Chardonnay, Sauvignon Blanc e Gewusraminer)
- Finca Rivadavia (43 ha. no Distrito de Phillips, Rivadavia, a leste da cidade de Mendoza, com as brancas Chenin Blanc e Sauvignon Blanc)
- Finca La Consulta (30 ha. cultivados com Malbec, no Departamento de San Carlos)
Prêmios:
Sugestão de Guarda: beber/guardar ± 07 anos
Meus comentários:
Coloração rubi intenso, aroma frutado com notas de especiarias e madeira. No palato boa estrutura, taninos suaves, muita fruta (ameixa, cereja), notas de chocolate e especiarias, um vinho fácil e gostoso de beber.
Avaliação: bom

Espumante Nacional Premiado


Mais uma vez um espumante nacional ultrapassa as fronteiras, o espumante Premium Moscatel da Casa Valduga foi consagrado em paris no Salão Internacional de Alimentos e Bebidas, SIAL 2010, realizado entre os dias 17 e 21 de outubro. Ficou na seleta lista dos escolhidos como "Best Buy" (melhor compra), relação qualidade preço acessível. Das 148 amostras apenas 29 foram classificados como melhores compras. Os espumantes foram degustados às cegas por um júri de enólogos, sommeliers, compradores, importadores e jornalistas. Mais uma vez parabéns para o espumante nacional.
Límpido, brilhante, perlage fino e constante. Aroma típico da variedade Moscato, toques florais, mamão papaia e frutas tropicais, leve, boa acidez e agradável.
Harmoniza bem com canapés finos, massas com queijos e tomates, atum, merluza, lagosta, queijos Brie e Camembert, sobremesas

Trimbach Riesling


Safra: 2006
País: França
Região: Ribeauvillé, Alsacia
Produtor: F E Trimbach.
Site: http://www.maison-trimbach.com/gb/wines.html
Uvas/Corte: Riesling
Teor alcoólico: 13%
Preço: € 13, U$ 16-17, R$ 101 (preço nas importadoras e lojas especializadas de vinhos Europa, EUA e Brasil)
Score: 95 PONTOS (2000) WE; 94 pontos (2000) WA; 91 pontos (2007) WS; 88 pontos (2002) WE; 87 pontos (1999) WS; 86 pontos (2000) WA; 14 pontos (2004) Revue du Vin; 3 estrelas (2003) Prazeres da Mesa;
Onde Comprar:
1. Magazino, Natal RN
2. Zahil
Degustado: 19/06/2010
Sugestão de Harmonização: sushis, peixe grelhados ou com molhos, pratos tradicionais da Alsacia (torta de cebola ou sauerkraut)
Serviço: 16º
Comentários
A uva ícone da região da Alsácia, é também a principal fonte de reconhecimento do trabalho dos Trimbach. O vinho é muito aromático, denso e untuoso, e com algum tempo de evolução pode mostrar muita complexidade. Um excelente exemplar da uva e do produtor, produzido em estilo clássico alsaciano, é um ícone internacional.
Prêmios:
Sugestão de Guarda: beber, guardar ± 05 anos
Meus comentários:
Foi Fréderic Émile Trimbach, antepassado de Pierre, quem, no final do século 19 levou a vinícola da família à fama internacional. A importância de seu trabalho é reconhecida até hoje no nome da vinícola - que carrega suas iniciais. Este Trimbach apresenta coloração amarelo límpido com halo dourado, aromas frutado com notas minerais e florais, na boca frutado lembrando pêssego branco, abacaxi e citrícos com boa estrutura e acidez
Avaliação: muito bom

Tokaji Aszú


O vinho que melhor representa a Hungria e os húngaros é, sem dúvida, o Tokaji Aszú - ou Tokay Aszu (França e Inglaterra), como frequentemente é conhecido fora das fronteiras daquele país. Tokaji significa procedente de Tokaj, região situada a 200 km a leste de Budapeste e Aszú significa bagos botritizados.
Esta região é o reflexo de uma tradição vinícola única, existente há pelo menos mil anos e que se manteve intacta até aos nossos dias e a sua paisagem cultural histórica faz parte do Património Mundial da UNESCO desde Junho de 2002, encontra-se situada a uma altitude entre 100 a 400 metros acima do nível do mar. O seu clima tipicamente continental é caracterizado por invernos extremamente frios e verões muito quentes. A generalidade das suas vinhas situam-se nas encostas dos montes Zemplen, junto aos rios Bodrog e Tisza. O tipo de solo é predominantemente de origem vulcânica com uma elevada percentagem de argila. A reunião de todos estes factores cria condições propícias ao desenvolvimento de Botrytis cinerea, favorecido pela já referida proximidade dos rios e consequente humidade.
O Tokaji é lendário e foi o primeiro vinho de que se tem notícia feito com uvas atacadas pela “podridão nobre” – a mesma do vinho francês Sauternes.
Durante séculos, esse vinho tem sido considerado um dos melhores do mundo. Sua fama se estende através da história: Luiz XIV, uma vez, declarou que o Tokaji era “vinum regum, rex vinorum”, isto é, “o vinho dos reis e o rei dos vinhos
Como muitas vezes acontece, algumas descobertas notáveis são o resultado de erros acidentais e parece que o Tokaji Aszú não foi uma exceção à regra.
Em meados do século XVII, o padre Szepsi Laczkó começou a conduzir uma investigação experimental com a uva nativa húngara, chamada Furmint. Decidiu fazer testes com a secagem das uvas na vinha e - infeliz ou felizmente - isso aconteceu durante um período de invasão turca no território. Os húngaros foram forçados a pegar em armas, esquecendo suas atividades diárias, incluindo a colheita das uvas. Em seu retorno, no final do outono, as uvas estavam completamente secas e com bolor.
Szepsi Laczkó resolveu colhê-las mesmo assim e preparou um vinho com aquela mistura de uvas secas e mofadas. Para sua surpresa, o vinho resultante tinha um sabor marcante e um aroma muito rico. O sacerdote, então, adicionou a esse néctar, um pouco do vinho normal, produzido no ano anterior, dando assim origem ao Tokaji Aszú. Essa formula é utilizada praticamente até os dias de hoje, com alguns incrementos.
As principais castas utilizadas nesta região, nomeadamente para a elaboração do Tokaji, são fundamentalmente as Furmint (casta com um elevado potencial aromático), Hárslevelü (que proporciona a formação de um elegante bouquet nos vinhos obtidos) e Muscat.
As caves do vinho Tokaji são cavadas nas rochas das montanhas vulcânicas da região, formando labirintos que chegam a ultrapassar os 30 quilómetros. Estas caves mantém de forma natural níveis constantes de temperatura e humidade, criando condições ideais para armazenar e envelhecer os vinhos da região.

Tipos de vinhos de Tokaj:

* Vinhos secos: Apelidados em tempos ordinarium (vinho comum) hoje em dia passaram a indicar o nome das respectivas castas: Tokaji Furmint, Tokaji Hárslevelû e Tokaji Sárgamuskotály.
* Vinhos de Vindimas Tardias: Nesta categoria encontram-se vinhos provenientes de uvas parcialmente botrytizadas, com maior ou menor quantidade de açúcar residual.
* Tokaji Szamorodni: Esta palavra de origem polaca significa: "como nasceu" ou "como isso cresce". O Szamorodni é elaborado a partir de uvas parcialmente botritizadas sem selecção dos bagos botritizados (aszú). Usado como aperitivo pode ser seco ou doce dependendo da proporção de uvas botritizadas.
* Tokaji Aszú: São os vinhos mais conhecidos da região. Provêm da adição ao vinho de base de uvas com elevado grau de podridão (também designada por podridão nobre), como resultado da presença do fungo Botrytis cinerea, dando origem à formação de uma massa pastosa. A produção dos diferentes tipos de Tokaji Aszú será determinada pela quantidade de polpa - composta de uvas botritizadas - adicionada a cada barril de 136 litros de vinho base. A polpa inserida é medida em puttonyos - baldes de 20 kg – e o vinho resultante poderá ter de 3 (os menos doces) a 6 puttonyos (os mais doces). Tokaji Aszú deve, por lei, amadurecer pelo menos, dois anos em barris de carvalho e um ano em garrafa antes de ser colocado à venda.
* Tokaji Eszencia: Uma raridade absoluta, o sumo gota-a-gota dos bagos de aszú. A Eszencia é um néctar com uma concentração de açúcar comparável à do mel.