(Baalbeck-chamada Heliópolis, "cidade do sol", pelos gregos e romanos (Vale Bekaa), situadas a 1.150 metros de altitude, têm uma visão abrangente sobre as planícies adjacentes, e são limitadas em dois lados pela cidade de Baalbeck e sobre os outros lados de terras agrícolas).
Líbano país do Oriente Médio
de ancestral cultura vinícola, que começou com comerciantes fenícios há 3000 AC, iniciam a
vinificação no Líbano. Em 1517 o Império Otomano proíbe a produção de vinho,
exceto para fins religiosos.
1857 missionários
jesuítas introduzem novas vinhas da França através da Argélia. 1918 protetorado
Francês governa o Líbano, criando demanda para o vinho. 1975 entra em 15 anos
de guerra civil, o que retarda o desenvolvimento do setor. 1992 é retomado o
desenvolvimento da indústria vinícola.
Sua população é de
cerca de 4,5 milhões de habitantes e faz fronteira, ao norte e à leste com a
Síria, ao sul com Israel e, à oeste, com o mar Mediterrâneo.
Produz,
aproximadamente, sete milhões de garrafas de vinho por ano. Com um plantio de
dois mil hectares, seus vinhedos estão localizados, na sua maioria, no Vale do
Bekaa, e uma parcela menor localizada em Jazzine, mais para o vale ao sul e
próxima à cidade de Sidon. Sua moderna vitivinicultura faz com que o Reino
Unido, a França e os Estados Unidos sejam os maiores importadores.
São plantadas,
atualmente, as seguintes castas:
Uvas tintas:
Cinsault, Carignan, Grenache, Syrah, Mourvèdre, Cabernet Sauvignon, Merlot,
Cabernet Franc, Gamay e Tempranillo;
Uvas brancas: Ugni Blanc, Clairette, Bourboulenc,
Chardonnay e Sauvignon Blanc;
Uvas nativas: a
Merweh e a Obaideh são reservadas para a produção de Arak, destilado com aroma
de anis, típico da cultura libanesa.
A vinicultura libanesa
segue as regras francesas, daí a proximidade dos seus vinhos com este estilo.
Suas principais vinícolas
são:
Château Ksara
É a mais antiga
vinícola libanesa, fundada há 155 anos por jesuítas franceses. Zafer Chaoui é
seu presidente desde 1991. Sua produção anual é da ordem de dois milhões de
garrafas, provenientes da vinificação de 348 hectares de vinhas plantadas sem o
uso de herbicidas químicos. Com maciça distribuição local e internacional,
detém 37% do mercado vinícola. Seus 2km de caves subterrâneas são históricos e
remontam ao tempo do Império Romano, o que a torna objeto de visitação
obrigatória. Hoje é a maior e mais visitada vinícola no Líbano recebendo mais
de 40.000 visitantes ao ano. .
No Brasil, o Château
Ksara é representado pela Interfood.
Seus principais vinhos:
1- Château Ksara 2004,
60% Cabernet, 30% Merlot, 10% Petit Verdot, álcool: 13,5%. Preço ± R$155,00
2- Château Ksara 2007,
60% Cabernet, 30% Merlot, 10% Petit Verdot, álcool: 13,5%. Preço ± R$93,00
3- Ksara Cuvée de
Printemps 2010, 50% Gamay, 50% Tempranillo, álcool: 13%. Preço: R$55,00
4- Ksara Le Prieuré
2009, Cabernet, Carignan, Mourvèdre, álcool: 13%. Preço ± R$46,90
Decanter World Wine Awards, 2012, Medalha de Bronze
5- Ksara Réserve du
Convent 2009, Cabernet, Syrah, Cabernet Franc, álcool: 13%. Preço ± R$56,00
Château Kefraya
É a segunda vinícola
libanesa e produz um milhão e oitocentas mil garrafas por ano. Seus sócios
proprietários são o proeminente político Farid Jumblat, a família Al Sayah, e o
fundador e seu presidente Michel Boustros. Seus vinhos competem com os do Château
Musar em termos de qualidade. Com 121 hectares de vinhas em plantação própria,
ao sul da cidade de Chtaura, complementa a sua produção comprando de
viticultores contratados, e sob sua supervisão, uvas plantadas em outros 437
hectares da região e sem a utilização de herbicidas químicos.
No Brasil, é
representada pela Zahil. Seus vinhos:
1- Comte de M Château
Kefraya 2007, Cabernet, Syrah, Mourvèdre, álcool: 14%. Preço ± R$278,00
2- Château Kefraya
2007, Cabernet, Syrah, Grenache, Carignan, Mourvèdre, álcool: 13,5%.
Preço ± R$160,00
3- La Dame Blanche Château Kefraya 2009,
Sauvignon Blanc, Chardonnay, Ugni Blanc, Clairette, Bourboulenc, álcool: 13%. Preço
± R$62,00
Château Musar
Em 1930, Gaston Hochar
fundou o Château Musar como hobby. Hoje, dois milhões de garrafas estão em
estoque, aguardando lançamento. Seu filho Serge Musar juntou-se ao negócio em
1959, após estudar enologia em Bordeaux.
Com uma produção anual
de 700 mil garrafas, seus vinhedos obtiveram a certificação de orgânicos em
2006. Suas uvas são colhidas manualmente e o mosto fermentado por leveduras
indígenas. Seus vinhos necessitam de longa maturação para mostrarem seu caráter
único. Os tintos são exóticos, especiados, complexos nos aromas de frutas
vermelhas, anis, café, chocolate, cogumelos. Os brancos apresentam aromas de
abricots, figos, ervas, açúcar mascavo, óleo de laranja, com acidez e
mineralidade marcantes, de extrema elegância.
No Brasil, o Château
Musar é representado pela Mistral, que nos oferta os seguintes vinhos:
1- Château Musar Rouge,
Cabernet, Carignan, Cinsault, álcool: 14%. Preço ± R$197,00
2- Château Musar Cuvée
Rosé. Preço ± R$ 80,00
3- Musar Jeune, 60%
Cinsault, 20% Syrah, 20% Cabernet, álcool: 13,5%. Preço ± R$96,00
4- Musar Jeune Rosé,
100% Cinsault, álcool: 12,5%. Preço ± R$93,00
Massaya
É uma vinícola boutique e foi fundada por Ramzi e Sami
Ghosn, em meados da década de 1990. Tem como sócios Carlos Ghosn, presidente do
grupo Renault, a família francesa Brunier e Dominic Hebrard. São exportados
principalmente para o Reino Unido e França. Em Paris são encontrados nos hotéis
Ritz, Crillon e Georges V.
No Brasil é representada pela Au Vin. Seus vinhos:
1- Massaya
Classic Red 2009, 60% Cinsault, 20% Cabernet, 20% Syrah, álcool: 15%. Preço
± R$ 65,00
2- Massaya Silver Selection 2007, 40% Cinsault, 30%
Grenache, 15% Cabernet, 15% Mourvèdre,
álcool: 14,5%. Preço ± R$ 75,00
3- Massaya
Gold Réserve 2008, 50% Cabernet, 40% Mourvèdre, 10% Syrah, álcool: 14,5%
Preço ± R$ 155,00
Vídeo sobre os vinhos e vinícolas do Líbano
Fontes:
1- Enoeventos, Rafael Mauaccad
2- Wikipédia
3- Atlas Mundial do Vinho Hugh Johnson, Jancis Robinson
Fontes:
1- Enoeventos, Rafael Mauaccad
2- Wikipédia
3- Atlas Mundial do Vinho Hugh Johnson, Jancis Robinson